fevereiro 12, 2007

Na Luz ou nas Sombras

O seu mundo é aquilo que você vê, que você sente. Mas o que pode acontecer quando alguém se especializa em fugir à percepção, ou alterá-la?

Algumas tarefas são melhor desempenhadas com a sutileza que a força bruta não permite. É preferível invadir um cofre silenciosamente destrancando o mecanismo com técnica apurada e paciente do que arrombando ele a golpes de marreta ou com uma banana de dinamite (a menos que você não se importe de chamar atenção de MUITA gente). Ludibriar seu oponente com imagens falsas também pode ser de grande ajuda. Nas trevas do mundo ou nas trevas da mente, há pessoas que se especializam em enganar os outros e agir sem que ninguém perceba!

Os ladrões são tão antigos quanto os homens. O que não quer dizer que eles sejam ultrapassados, pelo contrário. Assim como a sociedade avançou e atingiu seu ápice de progresso, os ladrões também. Souberam aproveitar muito bem as novas tecnologias e oportunidades. Sua característica básica é a agilidade, que permite a eles realizar grandes façanhas sem serem notados. Costumam ter conhecimentos sobre mecanismos complexos, ao menos o suficiente para operá-los. Nem todos os ladrões são foras-da-lei. Muitos usam suas habilidades para fins justos, principalmente quando contratados por governos ou empresas honestas. Podem ser mercenários, caçadores de recompensas, espiões, contra-espiões, assassinos, enfim. Qualquer atividade que possa se beneficiar da furtividade e perícia típicas dos ladrões.

Se os ladrões agem escondidos nas sombras, os ilusionistas preferem os holofotes. Ou melhor ainda, luzes e espelhos adequados aos seus truques. Podem ocultar coisas, ou fazê-las aparecer, ou ainda fazer algo parecer ser o que não é. Precisam de instrumentos sofisticados, que eles próprios inventam, muitas vezes, ou que aprendem entre si - é muito raro alguém de fora conhecer os segredos de seus truques. Mas nem sempre, também dominam com maestria técnicas apenas gestuais. Suas mãos são mais rápidas que os olhos da maioria das pessoas. A maioria deles vaga pelo mundo, não se compromissando com nenhuma autoridade. São raros os ilusionistas que trabalham para terceiros, a menos que tenham total liberdade de ação, e mesmo assim se cercam de todas as garantias para evitar que seus segredos sejam descobertos. Como aventureiros, podem ser ou não confiáveis, mas sua natureza livre e desconfiada não costuma permitir que sigam cegamente um líder que não seja outro ilusionista, a menos que tenham grande compromisso de honra com ele (e, claro, sejam honrados).

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